Pode-se classificar a família entre os espirituosos e os incautos, sendo os primeiros bastante mais numerosos e despachados. São também os primeiros a refutar e depois propagar pelo mundo afora as Teorias de Maman. Algumas envolvem comida, como a afirmação de que da cebola deve-se cortar as pontas e pelo menos duas camadas depois da casca e tirar o miolo para que não deixe gosto ardido na comida (desperdiça que é uma barbaridade, mas desde que me conheço por gente as cebolas dela jamais se sobressaíram além do desejado) e a infame teoria do aipim com bacon.
A época certa para se comprar mandioca entrou na categoria de Teorias de Maman há alguns anos. Impressionado com o fato de que a macaxeira cozida lá em casa sempre-sempre estava macia feito manteiga e desacorçoado por não conseguir reproduzir a feita em seu lar, o conviva não se segura e pergunta à maman:
– Mas como é que tu fazes pra deixar o aipim assim tão molinho?
– O Seu Natalino, da verdureira, me ensinou que o segredo é comprar na época certa, só nos meses que não têm a letra R.
– ????? Mas nós estamos em…
– Abil! 😀
A história, tantas vezes contada e recontada entre engasgos e gargalhadas, me veio com força na semana em que na cesta de orgânicos vieram dois belos pedaços de mandioca. O folheto trazia uma receita de bolo, mas quis desafiar a raiz a se portar bem nesse clássico do receituário familiar.
Ingredientes:
- 500 g de aipim, mandioca ou macaxeira
- água
- sal
- 2 colheres de sopa cheias de bacon picadinho
Como fazer:
1. A primeira providência é descascar o aipim. Com uma boa faca e bastante cuidado, golpeie a raízes ainda com casca, quebrando-a em pedaços regulares. Debaixo d’água, faça um talho na casca e naquela camada branquinha logo abaixo dela e puxe-a. Vá deixando os pedaços na panela com água fria.
2. Leve o aipim ao fogo, sem pressa. Quando as raízes começarem a abrir, junte sal a gosto (para essa quantidade, usei mais ou menos uma colher de chá). Quando estiver quase derretendo, desligue o fogo e reserve.
3. Frite o bacon na própria gordura, em frigideira anti-aderente.
4. Retire o aipim da panela com uma escumadeira, acomode-o no prato de servir e derrame por cima o bacon fritinho (com a própria gordura e tudo, que isso não é receita light coisíssima nenhuma).
Nada light mesmo, mas com certeza uma delícia!! Eu adooooro!!
Delícia. Na casa da minha mãe, o que cobria o aipim era uma farofa frita inigualável.
Beijos,
Ziza
Simples e delicioso. Nesse friozinho essas comidas “fortificadas” vão muito bem!! Grande beijo
Ai! Do jeitinho que eu gosto: derretendo no prato!
Que delícia, Dadi!
Beijao!
Meninas, obrigada pela visita.
E Ziza, por favor, mate nossa curiosidade e conte logo com é essa tal de farofa frita, que não paro de pensar nela desde quando você comentou 🙂
Oi Dadi!
Cheguei aqui na hora certa: tenho 1 kl de mandioca na geladeira, portanto adivinhe o que ter na janta hoje ? (rs)
beijos e parabéns pelo site.